Em reunião com Governo Federal, concessionária aponta que será necessária a reconstrução parcial de 2.000m da pista de pouso e decolagem
Na tarde de 16/7, a Fraport Brasil apresentou ao Governo Federal o estudo de avaliação da pista do aeroporto de Porto Alegre e a projeção de retomada das operações. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto e contou com representantes do Mpor (Ministério de Porto e Aeroportos), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Casa Civil e Secretaria Extraordinária para Reconstrução do RS. Pela Fraport, participaram Dr. Stefan Schulte, CEO global da Fraport AG, Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil, e executivos da Empresa.
O diagnóstico foi realizado a partir de um conjunto de testes para avaliar a integridade da pista de pouso e decolagem, que ficou submersa por 23 dias, fato inédito na aviação mundial, em função da enchente que assolou o estado do Rio Grande do Sul em maio de 2024. Os resultados, elaborados ao longo dos últimos 45 dias, apontaram a necessidade de reconstrução parcial da pista de pouso e decolagem. Na parte antiga da pista, em 2.000m, a placa de concreto que fica na base da estrutura foi preservada. Porém, as camadas superiores, até o pavimento, foram comprometidas. Será necessário retirar em torno de 45cm da camada de asfalto para a intervenção de recuperação.
Na parte nova da pista, inaugurada em 2022, uma extensão de 500m ficou submersa, porém, com impacto menor. Será necessária a recuperação da camada de asfalto, com a retirada e recuperação em torno de 15cm desse trecho. As cabeceiras da pista, que apresentam diferentes composições no solo, foram preservadas. As faixas preparadas, localizadas ao lado da pista e fundamentais para a operação de voos, não foram comprometidas. A iluminação da pista, tanto lateral como central já foram recuperadas e estão em condições para pousos visuais, assim que as subestações de energia elétrica, que foram comprometidas com a enchente, forem recuperadas. A substituição de peças e componentes para viabilizar a recuperação e reutilização das subestações já foi iniciada no início de julho. As obras de recuperação da estrutura do aeroporto, incluindo a pista de pousos e decolagens está estimada em R$ 700 milhões.
A Fraport Brasil, reitera que desde o dia 3/5, quando as operações de voo e decolagem foram suspensas, esteve presente e atuando para a salvaguarda do aeródromo. Quando foi possível acessar as áreas afetadas, começou o processo de limpeza e avaliação dos equipamentos e infraestrutura. Enquanto aguardava o fim dos 45 dias de testes, que resultou no diagnóstico, a Fraport se adiantou e foi em busca de parceiros e fornecedores para que, assim que tivesse o estudo em mãos, pudesse iniciar os trabalhos de recuperação. Com esses avanços foi possível retomar, desde o dia 15/07, o atendimento aos passageiros para procedimentos de check-in, despacho de bagagens, embarques e desembarques no aeroporto, enquanto os voos seguem ocorrendo a partir da Base Aérea de Canoas.
Retomada da operação de voos no aeroporto
A Fraport seguirá atuando para acelerar o processo de retomada e recuperação de toda a infraestrutura aeroportuária, enquanto segue em diálogo aberto com o Governo Federal para que o contrato de concessão seja reequilibrado e possibilite a conclusão das obras.
Para uma operação parcial de pousos e decolagens, será necessário a liberação de 1.700m da pista. Para que isso aconteça, a administradora atuará para a pronta recuperação desta parcela da área. Foi anunciado também, em conjunto com o Governo Federal, que a retomada da operação no aeroporto ocorrerá em outubro, com 50 voos diários. Para dezembro de 2024 se planeja a completa recuperação do aeródromo.
“A Fraport Brasil reforça o compromisso com o cumprimento do contrato de concessão firmado com a Anac e a pronta recuperação do Rio Grande do Sul. Em breve devolveremos à sociedade gaúcha um dos melhores aeroportos do Brasil”, comenta Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil.
Fonte: Airport